Se nada for feito com urgência, os números da violência no Pará, em 2018, deverão ficar muito acima dos anos anteriores. Segundo dados exclusivos conseguidos pelo DOL junto ao Sistema Integrado de Segurança Pública (SISP), somente nos oito primeiros dias do ano já foram registradas 118 mortes violentas em todo o Estado.
Estatisticamente, esses valores equivalem a uma média de 15 mortes por dia, sendo 106 homicídios, três latrocínios e nove mortes por intervenção policial. Para se ter uma ideia, em todo o ano passado, a média foi de 12 mortes violentas por dia.
Só ontem (10), foram registradas cinco mortes em apenas sete horas.
Belém entregue aos assassinos
O advogado e mestre em segurança pública Brenno Miranda avalia que a diminuição da violência é viável desde que haja empenho por parte da Secretaria de Segurança, com a realização de investigações policiais, efetiva atuação de policiais nas ruas e prisões de milicianos e demais criminosos.
“É preciso ter ações coordenadas com programas de diminuição da criminalidade. É preciso usar melhor os recurso. Ter a polícia mais próxima e com a credibilidade da população”, enfatiza Brenno, que reforça a necessidade de efetivação de programas sociais. “O que o Estado está fazendo não é o ideal”.
Segundo ele, a demora em promover concursos públicos só piora a situação, inclusive, dos trabalhadores na ativa. “Policias civis estão aposentando, e os últimos concursos realizados somente estão repondo perdas, sem ampliar o efetivo ou melhorar as condições de trabalho dos policiais”, diz.
Latrocínio
Os latrocínios (roubo seguido de morte) são vistos de forma mais alarmantes pelo especialista na medida em que envolve dois crimes violentos. “O latrocínio é um assalto que não deu certo. Na maioria das vezes, a pessoa de bem acaba sendo vítima da violência”, disse.
(DOL)
Fonte: Dol - Diário Online
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