Os usuários de transporte público de Marabá estão enfrentando mais dificuldade em utilizar os ônibus nos últimos dias. Isso porque, desde a última segunda-feira (3), parte dos veículos está estacionada na sede das empresas CTA e Nasson devido à greve dos funcionários, que reclamam atrasos salariais e suspensão de benefícios. Atendendo à uma recomendação do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) está sendo mantido o tráfego de 50% dos ônibus durante os horários normais e 70% nos períodos de maior movimento.
Conforme o secretário Océlio Barros, do Sindicato dos Rodoviários do Sul e Sudeste do Pará (Sintrarsul), ao todo, as duas empresas – que pertencem ao mesmo grupo – empregam 360 funcionários que vêm sofrendo com mais de um mês de salário atrasado, sem vale-alimentação e há seis meses sem plano de saúde, além de empregados com férias vencidas ou que não as receberam antes de sair ou retornar delas.
Ele acrescenta, ainda, que desde o início do movimento não houve manifestação por parte das empresas em dialogar com os grevistas. “O gestor local informou que mudaram os proprietários e que não tem mais poder para tomar decisão neste caso. Aguardamos eles conversarem conosco”, disse Océlio, acrescentando que os funcionários sequer sabem atualmente para quem trabalham.
“Ninguém chegou para a gente e explicou o que houve, quem é o atual proprietário. Os funcionários recebem de empresas diferentes”, explicou, afirmando acreditar estar havendo falta de compreensão tanto da empresa quando do Poder Público para com a população da cidade. “A população já vinha sofrendo com um serviço ruim. A licitação prevê que rodem 73 veículos, mas são só 42 em Marabá. Com essa, paralisação estão rodando apenas 33 nas horas de maior movimento”, comentou.
Procurado pelo CORREIO, por telefone, o representante das empresas TCA e Nasson, João Martins, afirmou que o pagamento do salário e do vale-alimentação já foi realizado, mas em 17 casos houve problema com as contas dos funcionários no momento do depósito. Ele alegou, no entanto, que a questão está sendo solucionada. Em relação ao plano de saúde, Martins afirmou que as discussões estão avançadas. Por fim, declarou que o sindicato não está sendo compreensível com a questão.
(Luciana Marschall)
Fonte: CT ONLINE
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