Na última terça-feira, 2, um grupo de cinco empresários do Distrito Federal denunciaram à Polícia Civil que foram vítimas de um golpe aplicado por uma mulher de 32 anos que seria responsável por intermediar a locação de uma mansão em São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte, que seria ocupada pelo grupo durante a semana do Réveillon deste ano.

Na polícia, dois dos homens enganados explicaram que a mulher identificada como Caroline Alves de Morais forjou o contrato de aluguel da casa e desapareceu  com o ‘sinal’ do acordo, 50% do valor de R$ 48 mil investidos no imóvel de luxo. As vítimas também relataram que a negociação começou em maio de 2021, quando o grupo de amigos se reuniu para planejar as festas de fim de ano.

Uma das vítimas explica que Caroline tem amigos em comum com alguns deles, por isso, se colocou à disposição para procurar um imóvel por meio de uma plataforma digital e cuidar dos trâmites para a locação da casa. Ele cita que “Ficou acertado que cinco de nós dividiríamos o aluguel, e depois haveria um rateio entre os demais ocupantes, entre 12 e 15 pessoas”, explicou.

Após isso, segundo eles, transferiram o valor de R$ 24 mil via Pix para a conta de Caroline, que deveria repassar o valor à imobiliária baseada no Rio Grande do Norte. No entanto, nos meses seguintes houve uma série de discussões entre a mulher e os demais integrantes do grupo. Pelas divergências, o grupo chegou a oferecer a quantia de R$ 5 mil para ela desistir de ocupar o imóvel no Réveillon. Ele cita que “Além de ter se recusado a aceitar essa quantia, ela disse que só concordaria caso recebesse mais R$ 24 mil. Começamos a desconfiar e entramos em contato com a imobiliária, que afirmou ter desfeito o negócio há tempos, inclusive com a assinatura de um destrato”, explicou.

Em seguida, ele alega que Caroline manteve o conflito em segredo  e embolsou o valor, além de ter forjado o contrato de locação, bem diferente do original, descoberto após o registro da ocorrência: “Primeiro que o valor do aluguel da casa era de R$ 46 mil, e não R$ 48 mil. Além disso, o sinal era de 25%, e não de 50%. Essa golpista adulterou o contrato e ninguém havia percebido até procurarmos a imobiliária em Natal”, disse um dos denunciantes.

Novo aluguel

No entanto, para não perder a virada de ano no destino paradisíaco, o grupo de empresários e amigos alugou outra casa na região, embora ainda espere recuperar o valor desviado por Caroline. “Caso o valor seja devolvido, podemos avaliar a retirada da queixa na polícia. Do contrário, vamos dar prosseguimento a uma ação penal, pois é um caso clássico de estelionato. Fomos vítima de um golpe, inclusive com falsificação de documentos.” alega.

Até o momento, Caroline Morais e sua equipe de defesa não se manifestaram sobre o caso.