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Perito morto por militares da Marinha foi jogado ainda vivo no Rio Guandu, aponta laudo

Causa da morte de Renato Couto foi asfixia por afogamento. Parentes reconheceram o corpo ainda às margens do Arco Metropolitano. Quatro pessoas foram presas.

O papiloscopista morto por militares da Marinha foi jogado ainda vivo no Rio Guandu, segundo apontou a declaração de óbito. A causa da morte de Renato Couto foi asfixia por afogamento. Ele também teve hemorragia, causada pelos tiros que levou no abdômen e na perna.

Seu corpo foi localizado na manhã desta segunda-feira (16), três dias após o crime. Parentes o reconheceram ainda às margens do rio e se emocionaram.

O Globocop sobrevoava a área das buscas quando avistou um corpo parcialmente submerso preso sob galhos. Bombeiros o recolheram e o levaram para o solo.

“Tecnicamente ainda precisamos da identificação papiloscópica, mas a família o reconheceu”, afirmou o chefe do Departamento geral de Polícia da Capital, o delegado Antenor Lopes.

Segundo o delegado, o papiloscopista foi agredido mesmo depois de ter sido baleado. Ele teria levado um chute de Lourival Ferreira de Lima, dono do ferro-velho que foi pivô da discussão.

O delegado Adriano França, titular da 18ª DP (Praça da Bandeira), disse ainda que uma testemunha afirmou que Renato levou um tiro de misericórdia, pelas costas. A polícia vai apurar a informação.

“Vai depender da perícia”, afirmou.

Um cabo, dois sargentos e o pai de um deles foram presos pelo crime. Eles vão passar audiência de custódia na terça feira (17).

Aos investigadores, os militares confessaram o crime e relataram ter jogado o corpo do papiloscopista no rio, na altura de Japeri, na Baixada Fluminense.

Para transportar o cadáver, os suspeitos usaram uma van da força militar.

“As investigações apontam que o perito vinha sendo vítima de diversos furtos na obra que fazia da sua casa própria. Usuários de drogas entraram no imóvel e levaram tudo que tinha. O policial foi registrando as ocorrências, nós temos conhecimento que isso o estava deixando atordoado”, disse o delegado Antenor Lopes.

O sargento da Marinha Bruno Santos de Lima é tratado nas investigações como o chefe da empreitada criminosa. Ele disse em depoimento que não sabia se Renato estava vivo quando foi deixado no Rio Guandu.

Após o crime, os participantes tentaram apagar os vestígios do homicídio, lavando três vezes o carro utilizado para levar Renato até o local da desova.

“Eles pararam em um lava-jato em Austin, Nova Iguaçu, e lavaram novamente a viatura quando chegaram ao primeiro distrito naval, para apagar os vestígios do crime”, disse Antenor.

Fonte: g1.globo.com



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