Investigação da Polícia Federal de Campinas aponta que empresas suspeitas movimentaram mais de R$ 4 bilhões.
A Polícia Federal, em ação conjunta com a Receita Federal, deflagrou na manhã desta quarta-feira (22) uma operação que teve como alvo doleiros suspeitos de operar um esquema que movimentou quatro bilhões de reais de forma fraudulenta. Durante o cumprimento dos mandados, a PF apreendeu cerca de R$ 1,3 milhão em dinheiro.
A TV Globo apurou que o principal alvo da operação foi o empresário Leonardo Meirelles, que foi sócio do doleiro Alberto Youssef, investigado na Lava Jato. O dinheiro aprendido estava na casa de Leonardo em Barueri (SP). A defesa de Meirelles afirmou que ainda não teve acesso aos autos, mas antecipou que ele praticou nenhuma ilegalidade.
A operação foi chamada de ‘Recidere’, que significa reincidência. O nome foi dado em razão de alguns investigados já terem sido alvos de outras investigações da PF.
A Investigação foi feita pelo grupo de repressão a crimes financeiros da Polícia Federal de Campinas (SP). Ao todo, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão tendo como alvos 16 pessoas físicas e cinco empresas nas seguintes cidades:
Segundo a Polícia Federal, os doleiros investigados usavam empresas de fachada (com sócios laranjas) para abrir contas bancárias e movimentar recursos de clientes do esquema criminoso. Muitas vezes o dinheiro era enviado ao exterior, o que classifica o crime de evasão de divisas.
A quadrilha foi responsável por movimentar mais de quatro bilhões de reais em dezenas de contas bancárias cujos titulares são empresas de fachada.
A PF informou que a soma das penas dos crimes constatados durante a investigação, todos contra o Sistema Financeiro Nacional, podem chegar a 26 anos de prisão, sendo eles: gerir fraudulentamente instituição financeira, operar sem autorização instituição financeira, inclusive de câmbio; fraude em contrato de câmbio e evasão de divisas
No total, 94 policiais federais e 52 servidores da Secretaria da Receita Federal do Brasil participam da operação, que foi autorizada pela 6ª Vara Federal de São Paulo.
Fonte: www.g1.globo.com
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