Segundo a corporação, eles foram responsáveis pelo ataque que, em dezembro do ano passado, comprometeu o site Conecte SUS, responsável pelo Certificado Nacional de Vacinação (veja detalhes abaixo).
Os mandados estão sendo cumpridos nos estados da Paraíba, de Minas Gerais, do Paraná e de Santa Catarina. Segundo a PF, os envolvidos integram uma “organização criminosa transnacional dedicada à prática de crimes dessa natureza, visando entidades públicas e privados no Brasil, Estados Unidos, Portugal e Colômbia”.
De acordo com as investigações, um ambiente em nuvem do Ministério da Sáude foi atacada e arquivos, dados e instâncias da pasta foram deletados. A ação acabou, então, comprometendo o ConecteSUS.
A Polícia Federal afirma que o grupo também acessou indevidamente o ambiente virtual dos seguintes órgãos:
- Controladoria-Geral da União (CGU);
- Ministério da Economia;
- Instituto Federal do Paraná (IFPR);
- Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA);
- Escola Nacional de Administração Pública (Enap);
- Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT);
- Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro;
- Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL);
- Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal;
- Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A PF apura os crimes de organização criminosa, invasão de dispositivo informático, interrupção ou perturbação de serviços telegráficos, radiotelegráfico ou telefônico, impedir ou dificultar-lhe o restabelecimento, corrução de menores, e lavagem de capitais.
Em dezembro do ano passado, usuários do ConecteSUS relataram que os comprovantes de vacinação não estavam aparecendo no aplicativo. Outros disseram que não conseguiam sequer entrar na plataforma.
O ConecteSUS é o aplicativo responsável pela emissão do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19. A queda no sistema causou transtornos em várias cidades onde o comprovante de vacinação era exigido para acessar locais públicos.
O problema também afetou o sistema de notificação de casos da Covid-19 e a página que compila dados de vacinação para outras doenças no país (SI-PNI), segundo o Ministério da Saúde.
À época, o Ministério da Saúde informou que a Polícia Federal e o Gabinete de Segurança Institucional foram acionados para investigar o caso. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, garantiu que os dados não seriam perdidos e chamou o incidente de “atitude criminosa”.