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Polícia investiga se alunas de outros colégios também tiveram nudes falsos criados por inteligência artificial

As vítimas seriam amigas das estudantes do Colégio Santo Agostinho, onde também estudam os principais suspeitos. O diretor do colégio foi intimado.

A Polícia Civil investiga se alunas de outras escolas do Rio de Janeiro também foram vítimas da criação de nudes falsos criados através de inteligência artificial.

Segundo o delegado Marcus Vinicius Braga, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), que investiga o caso, essas meninas seriam amigas das alunas do Colégio Santo Agostinho da Barra da Tijuca, onde também estudam os principais suspeitos do crime.

Após a repercussão do caso, os pais e responsáveis dessas vítimas procuraram a delegacia para denunciar a situação. Algumas delas apareciam juntas nas fotos originais, que foram usadas como base apara adulteração por meio de um aplicativo.

A DPCA já identificou alguns dos suspeitos de usar inteligência artificial para criar as montagens de colegas nuas. O diretor do Santo Agostinho foi intimado para depor na próxima semana.

Se confirmada a autoria do ato infracional, os alunos responderão como menores infratores por crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e podem receber pena de um a três anos e multa.

Um dos crimes praticados pelo grupo que criou a montagem está descrito no Art. 241C do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA):

“Simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual.”

O caso

Pelo menos 20 adolescentes tiveram imagens adulteradas com uso de inteligência artificial. Segundo informações preliminares, alunos do Colégio Santo Agostinho da Barra da Tijuca são suspeitos de usar fotos que haviam sido postadas nas redes sociais das vítimas para criar montagens com elas nuas, e depois compartilharam em grupos de WhatsApp.

A Polícia Civil abriu inquérito após responsáveis das estudantes procuraram a 16ª DP (Barra da Tijuca) e a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), que investiga o caso.

Em nota endereçada a pais e responsáveis, a direção do Colégio Santo Agostinho classificou o fato como “lamentável” e disse que serão “tomadas as medidas disciplinares aplicadas aos fatos cometidos.”

Fonte: www.g1.globo.com



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