Lembre-se da virada do ano. Estourou-se o champanhe, as sete ondas foram puladas e várias pessoas a sua volta (talvez até você!) prometeram que em 2017 começariam a se alimentar melhor e a acordar mais cedo para praticar atividade física. A poucos dias da Páscoa, no entanto, muitos já largaram mão de tais resoluções – de novo. Mas por que emagrecer é tão complicado?
Norteado por essa dúvida, o especialista em nutrição otimizada Rodrigo Polesso, do Rio Grande do Sul, elaborou um questionário sobre o assunto, que foi respondido por 2 837 pessoas. Entre as principais dificuldades relatadas pelos participantes estavam evitar o efeito sanfona (25%), contar calorias e medir porções (22%) e fazer exercício sem vontade (17%). Não à toa, 33% desses voluntários tentaram perder peso pelo menos 10 vezes.
Para Polesso, um erro comum é encarar esse processo como algo que tem prazo de validade. “É preciso fugir dos radicalismos e dos modismos e encontrar prazer nessa nova rotina, tanto na alimentação quanto na atividade física escolhida. Do contrário, ela não se sustentará em longo prazo, comprometendo os resultados alcançados”, afirma. Ou seja, invista em novos sabores e experimente modalidades para encontrar o que mais gosta e não cair na rotina. Outra coisa: estipule metas possíveis, que o mantenham motivado. Ora, se você tentar cumprir promessas irrealistas e falhar (porque elas são difíceis mesmo), ficará frustrado. Com isso, pode acabar desistindo de levar uma vida mais equilibrada.
A endocrinologista Maria Edna de Melo, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, em São Paulo, destaca o papel do apoio da família, dos parceiros e dos amigos na luta contra o excesso de peso e a obesidade, condição que atinge cerca de 30 milhões de adultos brasileiros. “Críticas, piadas e descaso só servem para dificultar ainda mais essa empreitada”, diz.
Buscar inspiração e informação nas redes sociais e na internet, como fazem três a cada 10 pessoas que participaram da pesquisa de Polesso, requer cautela. Afinal, cada organismo é único e nem todo conteúdo encontrado online tem comprovação científica – muitos, inclusive, colocam a saúde em risco. “Nenhum site é capaz de substituir uma consulta individualizada, feita por médicos e nutricionistas”, alerta Maria Edna.
Fonte: CT ONLINE
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