Na manhã desta quarta-feira (16), docentes, técnico-administrativos e estudantes do Instituto Federal de Educação tecnológica (IFPA) lotaram o auditório do campus Belém da instituição para realização de assembleia para decidir a deflagração de greve. Por 101 votos a favor e 72 votos contrários, e nenhuma abstenção, a categoria decidiu paralisar as atividades por tempo indeterminado, a partir da próxima segunda-feira (21).
Durante o debate, os servidores registraram que a greve não é por salários, mas uma resposta às reformas implementadas pelo governo Temer.
“Não é o nosso corte de ponto que está em jogo, mas o fim da estabilidade dos nossos empregos. Se a PEC 55 for aprovada, enfrentaremos a possibilidade real de o governo demitir servidores com a justificativa de contenção de despesas. Temos que fazer uma greve agora. Uma greve unificada para ocupar a instituição em defesa dos trabalhadores e da educação pública”, afirmou Acácio Melo, do campus Castanhal.
Bruno Silva, do campus Altamira, destacou que os delegados sindicais já realizaram reuniões nos campi do IFPA e a maioria dos servidores se posicionou favorável ao movimento grevista. “Hoje, temos que respeitar a decisão da categoria e novamente reafirmar a legitimidade da greve. Temos que nos somar à luta dos estudantes que já ocupam mais de 1000 escolas, universidades e institutos federais”, disse.
Sobre a indecisão de alguns servidores, Cristina Ribeiro (campus Belém) acredita que o país passa por um dos momentos mais difíceis da história e que “ficar parado não é uma opção. Os estudantes nos inspiram a dar essa resposta ao governo. Por isso, temos que resistir a essa abominável PEC 55, com coragem e ousadia. Vamos votar juntos pela greve e lutar unificados para barrar os retrocessos”.
Encaminhamentos
Com a aprovação da greve geral por tempo indeterminado, a Diretoria Executiva do Sindicato Federal dos Servidores Nacionais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica(SINASEFE) enviou notificação para o Reitor e Diretores Gerais do IFPA.
O DOL tento contato com telefone com a instituição. Sem sucesso, enviamos email pedindo um posicionamento sobre a greve.
Fonte: www.diariooline.com.br
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