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Quarentena: como manter a saúde mental em dia?

São tempos difíceis de quarentena, não há como negar. Se nos dissessem que 2020 começaria com o mundo sofrendo uma pandemia de coronavírus, muitos não acreditariam.

O isolamento social já é uma realidade em muitos países. Para lidar com situação é preciso cuidar da saúde mental também.

Somos seres humanos e, por mais que nos esqueçamos a maior parte do tempo, somos frágeis. Como dizem por aí: “A vida é um sopro”.

Não estamos sendo afetados pela 3ª Guerra Mundial nem por alienígenas que querem dominar a Terra. Estamos sendo atacados por um vírus que não conseguimos ao menos enxergar.

O nosso maior inimigo no momento nem dá as caras para se apresentar formalmente. Ele está invisível por aí, contaminando mais e mais pessoas ao redor do mundo todo.

E isso gera consequências complicadas para todos. Não estamos falando apenas das mortes, apesar desta ser a pior parte, mas também dos efeitos nocivos na economia e das mudanças drásticas na rotina da população.

Aqui no Brasil, muito antes do coronavírus desembarcar, já havia dados da Organização Mundial da Saúde apontando que somos o país mais ansioso do mundo. E agora? Como fica a situação em tempos de isolamento?

A grande pergunta que não quer calar é: como se adaptar ao isolamento social e cuidar da sua saúde mental?

Este artigo tem como objetivo ser um abraço cuidadoso em todos que já estão em casa, em quarentena, se isolando e cuidado de si para cuidar dos outros também. Vamos falar sobre o momento pelo qual o Brasil está passando e dar dicas valiosas sobre como preservar a sua saúde mental!

Como cuidar da saúde mental durante a quarentena?

Muito tem se falado sobre as consequências do isolamento social. Além de prejudicar diretamente a economia, o comércio e, principalmente, pequenos e médios negócios, há também o fator humano.

Toda esta situação tem o poder afetar a saúde mental das pessoas, aumentando os níveis de ansiedade, pois fatores desconhecidos e incertos fazem com que todos se sintam inseguros, principalmente em casos como esse, de nível mundial.

O empreendedor está apavorado com as contas para pagar. O jovem diabético está com medo de ter complicações de saúde. A senhora de idade está sofrendo por ficar sozinha em casa todos os dias.

A verdade é uma só: todos vão sair perdendo algo durante esta crise. Ninguém está isento. A diferença é que alguns sofrerão mais e outros menos.

O que nós podemos fazer é buscar amenizar os sintomas de ansiedade e tentar viver de uma maneira saudável, refletindo sobre os aprendizados que podemos ter com toda essa triste realidade.

Para ajudar, preparamos algumas dicas importantes para se levar em consideração quando o assunto é quarentena e ansiedade. Afinal, como cuidar da sua saúde mental em tempos de tantas incertezas?

1. Evite bombardeio de informações na quarentena

Um dos principais fatores de ansiedade é o excesso de informação. Em 2009, aconteceu uma pandemia do H1N1, porém, apesar dos smartphones já existirem, não tinham tanta importância como têm hoje.

Um estudo do Google Consumer Barometer, de 2017, revelou que em 2012 somente 14% da população tinha smartphones. Enquanto isso, em 2016 o número já pulou para 62%. Hoje, há mais de 230 milhões de smartphones em uso só no Brasil. E no mundo todo? Mais de 5 bilhões de smartphones.

Já deu para entender por que as pessoas ficam muito angustiadas com o excesso de informação, não é mesmo? O tempo todo somos bombardeados por notícias em tempo real, o que gera uma ansiedade muito grande.

A globalização está contribuindo para uma pandemia de pânico, o que gera medo excessivo na sociedade. É claro que todos precisamos estar bem informados, no entanto, não devemos ficar obcecados e sempre tomar cuidado com informações falsas, ou seja, fake news.

Durante a quarentena, a grande dica aqui é evitar ler qualquer matéria na internet e sim procurar fontes confiáveis para se informar. Não fique o dia todo assistindo aos noticiários — procure escolher um horário do dia para se informar, caso contrário, você passará o dia todo só pensando nisso.

Evite também olhar toda hora as notificações do celular, principalmente quando estiver trabalhando e precisar de concentração.

2. Estabeleça uma rotina

Se você já está trabalhando em casa, mas tem dúvidas sobre como criar uma rotina, siga algumas dicas simples.

Primeiro, estabeleça um horário para acordar (se lembre de que você não perderá mais tempo com deslocamento até o trabalho, portanto, pode até dormir um pouquinho a mais).

O ideal é começar a sua rotina com um bom café da manhã e não se esquecer de que ficar na cama trabalhando de pijama pode ser uma medida pouco produtiva. Procure se vestir com roupas confortáveis e criar um ambiente agradável para realizar as suas atividades.

Se possível, procure fazer algum tipo de exercício físico. Evite, é claro, ir à academia, mas você pode fazer alongamentos ou Yoga se o espaço da sua casa permitir. Caso haja um jardim, por exemplo, você pode aproveitar para fazer algum tipo de exercício aeróbico — uma ótima dica é utilizar aplicativos como Nike Training, que fornece treinos variados que podem ser feitos em casa.

Procure se alimentar bem ao longo do dia e não faça do home office uma desculpa para trabalhar mais horas do que o devido. É preciso aprender a encontrar um equilíbrio entre a vida profissional e pessoal nessas horas, caso contrário, você estará descuidando da saúde mental.

3. Na quarentena, faça terapia online

Muitos pacientes e psicólogos já estão migrando as sessões de terapia do consultório presencial para o online. Esta é uma medida recomendada para evitar o contágio do coronavírus e, ao mesmo tempo, cuidar da saúde mental.

Caso você já faça terapia, não deixe de realizar as sessões por conta do isolamento. Converse com o seu psicólogo sobre a possibilidade da prática ser realizada online, pois isso é bom tanto para o profissional que não perde a sua renda, quanto para o indivíduo que continua saudável.

Por outro lado, se você ainda não fizer terapia e sentir que está com os níveis de ansiedade muito altos, essa pode ser a melhor hora para começar a se cuidar. Procure por plataformas como a Vittude, que contam com diversos psicólogos disponíveis para atendimento de forma remota.

A terapia é uma grande aliada em diferentes momentos de nossas vidas e agora não poderia ser diferente. Um profissional especializado pode ser essencial para te ajudar a lidar com o medo e pânico excessivos, portanto, não hesite em procurar um psicólogo ao menor sinal de problemas.

4. Utilize a tecnologia para se aproximar das pessoas

Por mais que o isolamento social seja muito frustrante, não podemos negar que vivemos em uma era em que a tecnologia é capaz de ajudar (e muito) a superar este momento.

Imagine só como as pessoas em isolamento se sentiam anos atrás, sem WhatsApp, Instagram e Facebook para se comunicar com os amigos e familiares? Por mais que as mídias sociais causem sobrecarga de medo e pânico, elas também têm os seus benefícios.

Durante este difícil período, aproveite para estreitar laços com as pessoas queridas.

  • Ligue para os seus avós que estão sozinhos em casa;
  • faça uma ligação por Skype com a sua amiga que não vê há muito tempo e também está isolada;
  • marque uma chamada de vídeo com todos os seus primos.

A pandemia do coronavírus tem o poder de aflorar sentimentos de abandono e rejeição, portanto, é importante se manter de alguma forma conectado às pessoas que você ama. Sem contar que é uma ótima maneira de se distrair e passar o tempo.

5. Use a quarentena para se dedicar a atividades que gosta

Quantas vezes você já reclamou de não ter tempo para fazer algo que gosta? Com certeza agora é o momento de investir naquele hobby de pintar, desenhar, escrever, ler ou aprender a cozinhar.

Apesar das desvantagens do isolamento social, também é uma boa hora para esquecer as desculpas e começar a dar atenção para atividades que você deixa de lado no dia a dia.

Você não pode mais dizer que não tem tempo, então desligue um pouco o celular e a televisão e dê atenção para algum hobby. Que tal aproveitar esse momento para investir em tudo aquilo que gosta de fazer?

Além disso, com a internet temos acesso a muito conteúdo gratuito. É possível assistir aulas online, fazer cursos e realmente mergulhar em uma nova paixão.

6. Pratique meditação

Uma ferramenta valiosa e que já está no cotidiano de muitas pessoas deve receber ainda mais atenção agora. A meditação é grátis e pode ser feita em qualquer lugar da sua casa.

Você precisa apenas se sentar em uma posição confortável, fechar os olhos e não se prender a nenhum dos pensamentos que lhe ocorrerem. Caso você nunca tenha praticado, a recomendação é utilizar aplicativos com meditações guiadas, que poderão ser úteis no começo. Algumas dicas são Insight Timer e Headspace.

A meditação irá te ajudar a diminuir os níveis de ansiedade e estresse, além de ser benéfica para o fortalecimento do seu sistema imunológico. Afinal, quando a nossa mente vai bem, o corpo fica mais forte também.

Nesse período de quarentena, a dica é fazer pelo menos uma meditação por dia, mas se quiser ir além você pode começar e finalizar o seu dia com pequenas meditações para ficar mais tranquilo.

Por que a empatia é tão importante em meio à pandemia de coronavírus?

Segundo o dicionário, a palavra egoísmo tem o seguinte significado:

1. amor exagerado aos próprios interesses a despeito dos de outrem.

2. exclusivismo que leva uma pessoa a se tomar como referência a tudo; orgulho, presunção.

Quantas vezes já não fomos egoístas em nossas vidas? Faz parte do ser humano às vezes, né? Não podemos negar.

No entanto, estamos vivendo uma situação em que não há espaço para o egoísmo. As palavras da vez são empatia e consciência coletiva. Muitos de nós nunca vivenciamos uma crise como essa e estamos assustados.

Quem é jovem tem medo de contrair o coronavírus e transmitir para pais e avós. Quem é de grupo de risco tem medo de adoecer e o pior acontecer. No fundo, estamos todos juntos neste barco.

A pandemia do COVID-19 chegou para nos lembrar não apenas da nossa fragilidade, mas de que se não colocarmos o outro em primeiro lugar nessa horas, todos sairemos perdendo.

Precisamos, mais do que nunca, nos colocarmos no lugar do outro. O medo que uma pessoa saudável de 20 e poucos anos sente é muito diferente do medo que um senhor de idade pode estar passando agora. E toda vez que você tomar a decisão fazer algo que possa aumentar o contágio, precisa pensar neste senhor e em todas as outras pessoas do grupo de risco.

Para mim pode ser apenas um resfriado, mas e para o meu pai? E para a avó da minha amiga? E para o meu irmão que tem diabetes?

Afinal, só há um caminho para superarmos tudo o que está acontecendo: lutando juntos e pensando nos outros, além de em nós mesmos.

São tempos difíceis de quarentena, não há como negar. Se nos dissessem que 2020 começaria com o mundo sofrendo uma pandemia de coronavírus, muitos não acreditariam.

O isolamento social já é uma realidade em muitos países. Para lidar com situação é preciso cuidar da saúde mental também.

Somos seres humanos e, por mais que nos esqueçamos a maior parte do tempo, somos frágeis. Como dizem por aí: “A vida é um sopro”.

Não estamos sendo afetados pela 3ª Guerra Mundial nem por alienígenas que querem dominar a Terra. Estamos sendo atacados por um vírus que não conseguimos ao menos enxergar.

 

Fonte: www.vittude.com



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