As dificuldades da educação na pandemia fizeram com que 16,1% dos estudantes brasileiros não tivessem nenhuma atividade escolar em agosto. Entre as regiões, o Norte lidera com o maior percentual de estudantes sem acesso, com 38,6%. No Sul, apenas 6,4% estavam a mesma situação, enquanto no Sudeste o percentual era de 10,3%. Os dados são da Pnad Covid-19, divulgados nesta quarta-feira, 22.
Embora alto, o número de pessoas sem aulas diminuiu em 1,1 milhão em comparação com julho, quando 8,7 milhões estavam sem aula.
A ausência de atividades escolares foi ainda mais elevada no Ensino Superior, com 21,3% dos estudantes sem aulas. No Ensino Médio e no Fundamental, o percentual foi de 18,6% e 14,4%, respectivamente.
Além disso, os números indicam uma disparidade por renda. Quanto menor a renda da família, maior o percentual de estudantes que não tiveram atividades escolares durante a pandemia. Ou seja, são os mais pobres aqueles que sofrem mais hoje com a falta de atividades escolares.
Entre as pessoas que viviam em domicílios com rendimento per capita de até meio salário mínimo, 21,5% não tiveram atividades escolares. Já entre os domicílios com rendimento domiciliar per capita de quatro ou mais salários mínimos, o percentual foi de 7,9%.
Em todo o país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 36,8 milhões de pessoas de 6 a 29 anos de idade frequentaram escola ou universidade em agosto, seja de modo remoto ou presencial. Isso equivale a 80% daqueles que declararam cursar algum tipo de atividade educacional.
Fonte: Globo.com