Muitos influenciadores da França estão colocando a natureza em risco a ponto de autoridades estarem negociando com as redes sociais a exclusão de postagens em parques e reservas florestais. O objetivo é não incitar comportamentos inadequados em locais já fragilizados devido aos incêndios, seca e calor intenso.
O fenômeno de atitudes descabidas para gravar vídeos e fazer fotos que possam viralizar nas redes sociais não é novo. No entanto, esse comportamento agora ameaça a natureza.
A direção do Parque Natural de Cèvennes, patrimônio mundial da Unesco, no sul da França, denuncia que influenciadores postam fotos em torno de fogueiras, por exemplo. Os três departamentos onde a reserva é localizada — Lozère, Gard e Ardèche — sofrem com a seca e focos de incêndio são frequentemente registrados no local.
Muitos influenciadores também exibem fotos de seus cães sem guia no parque, embora seja obrigatório que os donos de pets não os deixem soltos para que não ataquem animais selvagens que vivem no local. O uso de drones para fazer imagens em Cevènnes também é denunciado, já que o equipamento perturba os pássaros.
O parque natural de Mercantour, no sudeste da França, vem registrando o aumento de festas clandestinas em seus bosques. A direção do local também denuncia a prática de paddle em lagos que se formam nas montanhas, que têm um ecossistema muito frágil.
A questão do aumento da frequentação após o fim do período de restrições relacionado à pandemia de Covid-19 desafia as direções das reservas e parques naturais. Ao mesmo tempo em que se comemora o interesse dos cidadãos e cidadãs pela natureza, teme-se os efeitos da superlotação.
Fonte: g1.globo.com
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