Atualmente, o Pará segue a aplicação de dois imunizantes contra a covid-19. A Coronavac/Sinovac, desenvolvidas pelo Instituto Butantan, e a Oxford/ AstraZeneca, produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz. Belém é a única cidade paraense que está aplicando o imunizante produzido pelo laboratório norte-americano Pfizer em parceria com a empresa alemã BioNTec.
Os três imunizantes têm diferenças técnicas, tanto de aplicação quanto de eficácia. Saiba quais são!
Coronavac/Sinovac
A vacina de origem chinesa é feita com o vírus inativado: ele é cultivado e multiplicado numa cultura de células e depois inativado por meio de calor ou produto químico. Ou seja, o corpo que recebe a vacina com o vírus — já inativado — começa a gerar os anticorpos necessários no combate da doença.
As células que dão início à resposta imune encontram os vírus inativados e os capturam, ativando os linfócitos, células especializadas capazes de combater microrganismos. Os linfócitos produzem anticorpos, que se ligam aos vírus para impedir que eles infectem nossas células.
A eficácia geral da CoronaVac é 50,38%, ou seja, os vacinados têm 50,38% menos risco de adoecer e, caso pegue covid-19, a vacina oferece 100% de eficácia para não adoecer gravemente e 78% para prevenir casos leves. Conforme estabelece a bula da Coronavac, a segunda dose do imunizante deve ser aplicada entre 14 e 28 dias após a primeira.
No Brasil, as reações comuns previstas na bula da CoronaVac são dor de cabeça, cansaço e dor no local da aplicação.
A aplicação da vacina começou no dia 17 de janeiro após aprovação emergencial da Anvisa. No momento, a nova remessa da Coronavac depende de insumos enviados da China para que Butantan produza localmente.
Oxford/ AstraZeneca
A vacina produzida pela Universidade de Oxford usa uma tecnologia conhecida como vetor viral não replicante. Por isso, utiliza um “vírus vivo”, como um adenovírus, que não tem capacidade de se replicar no organismo humano ou prejudicar a saúde.
Este adenovírus também é modificado por meio de engenharia genética para passar a carregar em si as instruções para a produção de uma proteína característica do coronavírus, conhecida como espícula. Ao entrar nas células, o adenovírus faz com que elas passem a produzir essa proteína e a exibam em sua superfície, o que é detectado pelo sistema imune, que cria formas de combater o coronavírus e cria uma resposta protetora contra uma infecção.
A AstraZeneca e a Universidade de Oxford anunciaram dois resultados distintos de eficácia desta vacina —62% quando aplicada em duas doses completas e 90% com meia dose seguida de outra completa. A eficácia média, segundo os cientistas responsáveis, é de 70%. Diferentemente da CoronaVac, que tem um intervalo de 28 dias entre as doses, a vacina de Oxford permite um distanciamento maior entre a primeira e a segunda injeção: três meses.
No caso da bula da Oxford/AstraZeneca, entre esses efeitos mais comuns estão sensibilidade, dor, sensação de calor, fadiga, calafrio, dor de cabeça e enjoos.
A vacina já começou a ser aplicada no Brasil a partir de um lote enviado pelo laboratório indiano Serum. Para produzir a vacina localmente, a Fiocruz depende da chegada do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) vindo da China.
Pfizer
A vacina utiliza a tecnologia chamada de mRNA ou RNA-mensageiro, diferente da CoronaVac ou da AstraZenca/Oxford, que utilizam o cultivo do vírus em laboratório. Os imunizantes são criados a partir da replicação de sequências de RNA por meio de engenharia genética, o que torna o processo mais barato e mais rápido.
A farmacêutica Pfizer, elaborada em parceria com a empresa alemã BioNTech, é segura e tem 95% de eficácia. Essa é a conclusão final da terceira fase de testes. A aplicação se dá por meio de duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas.
Por questões técnicas e condições do próprio fabricante, a vacina da Pfizer exige um transporte e um armazenamento diferenciados. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) de Belém promoveu um treinamento sobre como aplicar a vacina. Por isso ela está sendo aplicada apenas em Belém.
A Pfizer tem reações comuns como sensibilidade, dor, sensação de calor, fadiga, calafrio, dor de cabeça e enjoos.
Um frasco da vacina da Pfizer possui seis doses, cada dose com 0,3 ml. As doses da vacina foram transportadas em um caminhão isotérmico, que atinge temperaturas de até -20°C, direto para a Central de Imunobiológicos da Secretaria Municipal de Saúde. Nessa Central, o imunizante está armazenado em uma câmara fria, com temperatura de +2°C a +8°C. A recomendação é de que, nesse ambiente, a vacina deve permanecer por até 5 dias, ou seja, 120 horas.
Fonte: romanews.com
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