A confirmação da presença de seis casos da variante indiana da covid-19 no Brasil, mais especificamente no Maranhão, estado que faz divisa com o Pará, tem deixado os especialistas em alerta. De acordo com a biomédica Mellanie Fontes-Dutra, que coordena a Rede Análise Covid-19, a preocupação tem fundamento porque a nova cepa tem alto poder de transmissão.
“Recentemente, ela foi detectada também em Cingapura e no Reio Unido e, nesses locais, foi observado, paralelamente, um crescimento acelerado de números de novos casos. A partir disso, somado com as mutações que ela [a cepa indiana] apresenta, pode ter um aumento na transmissibilidade. Esse aumento pode ainda ter consequências muito severas, especialmente em locais como o Brasil em que não há uma adesão completa às medidas de enfrentamento (à covid-19)”, apontou.
A especialista explicou que mais transmissão implica em mais pessoas doentes, gerando uma procura maior pelo sistema de saúde, mais agravamentos, e, consequentemente, mais óbitos. “O sinal de alerta é imenso, porque ela tem esse potencial em ser mais transmissível”, comentou.
No entanto, a especialista aponta que os dados indicam eficácia de algumas vacinas na proteção contra essa variante. “A gente tem alguns dados para a Pfizer, Moderna, Astrazeneca e a Covaxin. A Covaxin é uma vacina de vírus inativado, e mostrou manter uma possível proteção importante contra essa variante. As anteriores que eu citei, apesar de também terem um impacto nos anticorpos neutralizantes, parecem manter um nível adequado que poderia sugerir manter essa proteção”, explicou.
Fonte: oliberal.com.br
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