Sabemos que as temperaturas mais elevadas e eventos climáticos, como as ondas de calor intenso, afetam a todos não só as pessoas, mas também os animais, principalmente os domésticos, como cães e gatos, que padecem nesse período, já que o modo de regular a temperatura corporal deles é diferente.
Enquanto nós, humanos, suamos pela pele, o que causa evaporação do suor e resfriamento do nosso corpo, cães e gatos suam apenas pelas patas e focinhos. Os cães contam com a respiração ofegante como a principal forma de resfriar o corpo, já os gatos costumam lamber os pelos para se refrescar. Dessa forma, os pets precisam de alguns cuidados especiais que ajudem a reduzir esse calorão, como recomenda o médico veterinário Flávio Ferreira, coordenador do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).
“É importante deixar a alimentação e a água em locais ventilados e longe de exposição solar. Eu recomendo também colocar água fria, mas não gelada, para que haja essa troca de temperatura neles e sempre que for preciso, substituí-la para não ficar quente. É importante ainda deixar esses animais em locais abertos e jamais prendê-los ou acorrentá-los em algum lugar, para que não haja insolação e estresse, que pode ser letal”, aborda.
Além disso, o profissional orienta que o passeio com os cães seja feito de manhã cedo ou mais tarde, quando as temperaturas do ar e do asfalto estão mais frias. Além disso, há uma regra simples adotada por muitos, que é a verificação da temperatura do asfalto, encostando a mão por 7 segundos. Caso seja suportado por 7 segundos, está adequado para o passeio, mas caso contrário, não é o momento ideal para que o animal acesse a rua.
E, por falar em acorrentar, prender ou expor ao sol, é importante ressaltar que situações de sofrimento como essas, aos animais, são considerados crimes de maus-tratos, previstos na Lei 14.064/20, e devem ser denunciados à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) pelo Disque-denúncia, no (94) 3312-3350 (WhatsApp).
O médico veterinário da Secretaria, Leopoldo Moraes, destaca algumas situações que, mesmo consideradas maus-tratos, tornam-se comuns neste período e devem ser evitadas ao máximo.
“Essa alta temperatura do asfalto pode provocar queimaduras no animal, e isso se torna um exemplo, muito claro, de maus-tratos. A corrente, quando de metal, é uma fonte de calor e pode esquentar no sol e provocar queimaduras no animal. Maus-tratos também! E, para aqueles animais que precisam estar presos, como os cavalos e burros, é importante que eles tenham áreas de sombreamento para que possam acessá-la sozinhos”, explana.
O calor persistente não é motivo de sofrimento para os pequenos integrantes da família da professora Silvana Rethor. Ela explica que a atenção com os pets vai desde o tipo de recipiente usado para oferecer água, até os banhos e liberdade para eles.
“Nossos pets são muito bem cuidados, até o recipiente foi comprado pensando em manter a água sempre fresquinha. A gente troca diariamente essa água, além da ração. O nosso gato Madruguinha sempre gosta de sair nas redondezas para se refrescar, já nossa cadela Frida, que ama tomar banho, é a gente que leva”, descreve a professora.
Fonte: www.maraba.pa.gov.br
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