Por Eleutério Gomes – de Marabá
Desde que o governo municipal anunciou que o erário não tem condições de mobiliar, equipar nem manter a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Cidade Nova, um grupo político formado pelos vereadores Irismar Araújo Melo (PR), Ilker Morais (PHS) e Marcelo Alves (PT) vem se mobilizando a fim de reverter essa situação. Quer em discursos da tribuna da Câmara Municipal de Marabá, quer em entrevistas a meios de Comunicação ou em audiências públicas, eles garantem que a prefeitura tem sim condições financeiras de abrir a UPA e colocá-la para funcionar e que vão mobilizar a comunidade para que isso aconteça.
Para ter uma posição da Prefeitura de Marabá sobre a UPA da Cidade Nova, o Blog ouviu o secretário municipal de Saúde, o advogado e jornalista Marcone Nunes Leite, que explicou ponto a ponto por que motivo a Administração Municipal não vai fazer a UPA funcionar.
Marcone começou informando que, da UPA, apenas o prédio foi entregue pelo governo passado, já ao apagar das luzes, sem sequer uma única cadeira. Ou seja, sem mobiliário algum muito menos equipamentos médicos. Disse que para mobiliar e equipar seriam necessários em torno de R$ 2 milhões, fora o valor a ser empregado na contratação de pessoal, principalmente médicos para que a Unidade funcionasse a contento 24 horas.
Depois falou do recurso mensal para a manutenção do serviço com qualidade: entre R$ 1.500.000,00 e R$ 1.800.000,00 mensalmente. “Vamos dizer que o Ministério da Saúde, com muito boa vontade e muito esforço, enviasse R$ 750 mil para a manutenção da UPA, mesmo assim ainda teríamos dificuldade para conseguir o restante, entre R$ 800 mil e R$ 1 milhão”, explica ele.
Por esse motivo, segundo Marcone Leite, a prefeitura propôs ao Ministério da Saúde que os R$ 1.950.000,00 empregados na construção do prédio sejam devolvidos e, assim, a edificação possa ser usada para outra finalidade, também voltada à saúde pública.
O Blog perguntou ao secretário de Saúde sobre outros municípios que possuem UPA e que estão funcionando. Marcone disse que muitas estão em atividade sim, “mas em condições precárias”, citando como exemplos Parauapebas e Jacundá. Esta última inaugurada há menos de um ano, mas que já funciona com muita dificuldade, devido os elevados custos com manutenção.
“Se não fosse assim, o Ministério da Saúde não estaria abrindo mão e aceitando que muitos outros municípios, cerca de 500 em todo o País, devolvessem o dinheiro da construção dos prédios”, argumenta ele.
Serviço Oncológico
Segundo o secretário de Saúde de Marabá, o prédio da UPA abrigará em breve um recurso importantíssimo para a comunidade marabaense, o Serviço de Atendimento Oncológico, com a Atenção Básica à Oncologia. Ali, conta ele, homem, mulher e idoso terão atenção básica, como consultas, exames e avaliações. Ou seja, toda a parte ambulatorial de Oncologia. O projeto já está na sua fase final e o serviço deve funcionar em breve.
Fonte: ZÉ DUDU
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