A segunda-feira, dia 6 de abril, começou parecendo que tudo está normal em agências bancárias de Marabá e Parauapebas, onde já foram diagnosticadas duas pessoas com Covid-19 (em cada cidade). No início do mês, as principais agências bancárias das duas maiores cidades do sudeste do Pará amanheceram com filas de muitas pessoas, apesar de a recomendação dos bancos seja diferente.
Na maioria dos casos, as filas ocorrem nas unidades da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Mas foram verificadas filas também na porta de agências do Bradesco e do Itaú da Nova Marabá. O mesmo ocorre em Parauapebas.
SOLUÇÕES
A era digital está aí, com diversos serviços online que podem ser realizados, sobretudo o recebimento de dinheiro e o pagamento de contas, sem precisar sair de casa, mas esta é uma realidade distante para boa parte dos marabaenses.
Prova disto são as longas filas em todo final/início de mês, quando são realizados pagamentos de aposentados e trabalhadores, e muitas vezes na mesma ida ao banco a pessoa aproveita para pagar contas, o que aumenta o tempo de permanência.
E em época de pandemia da Covid-19, a formação de longas filas nos bancos, sobretudo do lado de fora, quando se tem pouco controle da distância entre as pessoas, virou alvo de preocupação.
Para evitar aglomerações, os bancos, por recomendação da Febraban, entidade que os representa nacionalmente, estão com horários especiais de atendimento: das 9h às 10h, a preferência é para os idosos, e das 10h às 14h o público em geral.
Dentro desses horários, as pessoas conseguem ter algum tipo de ordem nas filas, mas fora deles, sobretudo nas primeiras horas da manhã, está sendo praticamente impossível haver o distanciamento de 2 metros entre as pessoas, conforme recomendado pela Organização Mundial de Saúde para evitar a disseminação do vírus.
“Eu fui porque não teve outro jeito, pois tenho de receber pagamento e só vindo aqui mesmo. Como vi algumas pessoas comentando sobre filas, resolvi ir cedo”, disse o representante comercial Arlindo Silva de Oliveira, 29.
Ele declarou que usa serviços bancários digitais, mas que é forçado a ir ao banco todo mês receber o pagamento. “Depois que recebo, faço as transações todas pelo celular, só vou ao banco ou caixa eletrônico para sacar mesmo”, comentou.
Lúcia Lima Araújo, gerente financeira, que realiza palestras sobre reeducação financeira e finanças pessoais, orienta que as pessoas procurem os bancos só para resolver situações que não consigam pelos canais de telefone ou digitais oferecidos pelos bancos.
Ela chama atenção ainda para os próprios gastos, que “agora devem mais que tudo ser controlados, com prioridades a serem pagas, sendo os principais alimentos, remédios e moradia (aluguel)”.
“Importante também a pessoa não sair passando tudo no cartão de crédito, pois os juros virão depois. Muita gente está gastando, achando que depois o banco vai tirar o juro por conta da crise, e isso não vai ocorrer. O que está previsto são negociações de dívidas, como prestação de imóveis e outros financiamentos”, comentou.
Fonte: correiodecarajas.com.br
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