Elizabeth Lopes já tinha feito um registro de ocorrência contra o homem.
A mulher contou aos policiais que tinha sofrido uma ameaça na qual ele afirmou que “se ela não ficasse com ele, não ficaria com mais ninguém”.
Feminicídios crescem
Na capital do Rio de Janeiro e em municípios da Baixada Fluminense ao menos sete mulheres foram assassinadas nos últimos 40 dias. Na maioria dos casos, o companheiro ou ex é suspeito do crime.
Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) fluminense indicam que o percentual de casos de feminicídios no estado aumentou 73% nos últimos cinco anos.
Terceiro caso em uma semana
O caso de Elizabeth é semelhante ao de Cláudia Gonçalves, de 54 anos.
A Polícia Civil de encontro, na terça-feira (12), o corpo da mulher esquartejado e enterrado no quintal da casa onde ela morava com José Carlos Martins Esperidião. O homem foi preso no local após confessar o crime. O caso aconteceu em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
De acordo com os agentes, ele foi detido pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Assim como Elizabeth, ela também desapareceu no dia 4 de julho.
Familiares de Cláudia, assim como as filhas de Elizabeth, desconfiaram da versão do companheiro e acionaram os policiais da 54ª DP (Belford Roxo). A família de Cláudia encontrou uma mensagem no celular dela para o marido, a respeito das agressões que sofria.
“Vou ter que fazer exame da minha cabeça para ver o que que está pegando, se é sinusite ou se é alguma coisa na minha cabeça. Que depois que você deu a pancada na minha cabeça, na parede, ficou pior, entendeu? “, dizia a mensagem.
Encontrada morta em casa
Na segunda-feira (11), Marcielly Araújo, de 28 anos, foi encontrada morta dentro de casa em Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio.
Segundo a família, ela morreu por sufocamento após uma série de agressões.
Segundo uma amiga e parentes, Marcielly vivia um relacionamento conturbado e já foi ameaçada e agredida pelo companheiro, Glauber Barros, tendo até o denunciado à polícia. O irmão da vítima chegou a definir o namoro como uma “tragédia anunciada”.
Glauber foi preso na Gardênia Azul, também na Zona Oeste, e confessou o crime.
Outros casos
Valquíria Celina Ferreira Santos, de 33 anos, morreu no dia 29 de junho após ser espancada com uma escavadeira manual. Ela foi encontrada no chão da casa onde morava, em Nova Iguaçu, por um dos filhos, e levada para o Hospital da Posse, onde ficou internada por quatro dias.
Segundo parentes, as agressões ocorreram por ciúmes de Júlio César Perrona, de 32 anos. Ele foi preso um dia depois da morte, por policiais da 56ª DP (Comendador Soares).
Vitória Lima Martins, de 22 anos, foi encontrada morta na madrugada do dia 28 de junho em Inhoaíba, na Zona Oeste do Rio. Segundo a polícia, o corpo foi encontrado na casa de Rodrigo da Silva Nascimento.
De acordo com os investigadores, ele tentou forjar um duplo suicídio. Rodrigo chegou a ser levado para o Hospital Municipal Rocha Faria e foi preso em flagrante.
Um relatório preliminar da polícia que aponta que Vitória morreu asfixiada e que, depois, o assassino fez um corte no pulso direito de Vitória, que era destra.
No dia 17 de junho, um homem atirou na mulher, na filha de 17 anos e se matou em Mesquita, na Baixada Fluminense. A mulher, Viviane Garcia, morreu na hora.
A filha levou um tiro no peito, passou por cirurgia e está internada no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, com quadro estável.
Lais Batista dos Santos, de 28 anos, foi morta no dia 12 de junho. Ela tinha saído com Magno Rocha, com quem estava começando um relacionamento. Os dois foram a um bar na noite de sábado (11) e acabaram na casa da mãe dele, na Reta da Base, em Santa Cruz.
Após um disparo dentro de casa, a mãe de Magno chamou a polícia e impediu que ele fugisse. Laís tinha dois filhos: uma menina de 8 anos e um menino de 5 anos.