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Sete policiais militares estão presos pela morte de conselheiro tutelar

A Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Segup) confirmou, em nota, a prisão de sete policiais militares por envolvimento no assassinato do conselheiro tutelar Rondinele Salomão Maracaípe, ocorrido em janeiro deste ano, em Itupiranga, a 48 quilômetros de Marabá.

Uma operação foi desencadeada nesta manhã pelo Ministério Público do Estado do Pará e a Corregedoria da Polícia Militar para cumprimento de nove mandados de prisão preventiva. Destes, três envolvidos já estavam presos: os policiais militares Rony Marcelo Alves Paiva e João Oliveira, recolhidos em um presídio no Estado do Tocantins, e Elvis Fernandes da Silva, que já estava preso em um presídio na região metropolitana de Belém.

Rony e João foram presos em setembro em decorrência das investigações acerca de outra morte, do advogado Danillo Sandes Pereira, de 30 anos, ocorrida em julho passado, em Araguaína. Hoje, em Itupiranga, foram presos os policiais militares Josafá Pinheiro da Silva; Welbertt Santana; Francisco Santos e Allan Douglas da Silva, além do cabo da reserva Jonas Cardoso de Farias.

Ainda segundo a Segup, os cinco foram conduzidos para Marabá e devem ser transferidos ainda hoje para o presídio Coronel Anastácio das Neves, em Santa Izabel do Pará. A assessoria de comunicação da Segup informou que os mandados de prisão foram requeridos pelo MPPA em decorrência de inquérito presidido pelo delegado Glauco Valentim, da Divisão de Homicídios da Polícia Civil em Belém. Uma pessoa segue foragida.

O conselheiro tutelar foi executado a tiros no dia 11 de janeiro, por volta das 15h30, na Rua Santo Antônio, no Centro de Itupiranga. Além dele, outro conselheiro, Jorge Edilson Ferreira, foi baleado à altura do abdome e socorrido para o Hospital Municipal de Marabá (HMM) por uma ambulância do município de Itupiranga.  O caso ganhou rápida repercussão no município e em todo o estado, mobilizando forças policiais para esta região e posicionamento de parlamentares paraenses.

As duas vítimas estavam em uma motocicleta do Conselho Tutelar, possivelmente realizando algum procedimento, quando um automóvel, cujo modelo não foi identificado, as abordou.  No mesmo dia, um vídeo de um irmão da vítima fatal rapidamente se espalhou pela cidade por meio do aplicativo WhatsApp. Na gravação, ele fez acusações contra policiais.

Francisco Santos e Jonas Cardoso, presos hoje, já haviam sido recolhidos menos de 10 dias após o crime contra o conselheiro, na ocasião em cumprimento a mandados de prisão temporária expedidos pela Comarca de Itupiranga, após a equipe da Divisão de Homicídios de Belém apontá-los como suspeitos de serem os autores de ao menos cinco execuções ocorridas no mês anterior ao assassinato do conselheiro. (Luciana Marschall)

Fonte: Correio de Carajás



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