Subiu para dois o número de mortos após a queda de um barranco fazer uma vila “sumir do mapa” em Beruri, no Amazonas, no sábado (30). Outras três pessoas seguem desaparecidas. O deslizamento, que também deixou feridos, arrastou cerca de 40 casas para dentro do rio.
A primeira vítima identificada era um menino de sete anos de idade. Na manhã desta segunda-feira (2), a Prefeitura de Beruri confirmou a morte da irmã dele, uma adolescente de 16 anos. O corpo dela foi achado durante as buscas no rio.
O lugar ficou destruído após o barranco desabar. A comunidade rural pertence ao município de Beruri, que fica a 173 quilômetros de Manaus, e “sumiu do mapa” depois de ser afetada pelo deslizamento, que foi causado pelo fenômeno “terras caídas”, que acontece principalmente no período de seca dos rios no estado.
As “terras caídas” ocorrem quando a água atua sobre as margens dos rios, causando erosão e abrindo extensas “cavernas subterrâneas”, até que uma ruptura provoque a queda do terreno, que é tragado pelas águas.
De acordo com os Bombeiros, o desastre natural atingiu mais de 40 casas e afetou cerca de 200 pessoas. Até o momento, há confirmação da morte de uma criança e quatro desaparecidos, sendo três soterrados e uma pessoa no rio. Além de pessoas que ficaram feridas.
A Defesa Civil do Estado não deu mais atualização da ocorrência até a publicação desta matéria.
Antes do cenário de devastação, a vila, assim como muitas cidades e comunidades ribeirinhas do interior do estado, tinha um pequeno porto e uma orla cercada com construções coloridas. Agora tudo se resume em um grande buraco com lama.
O fato aconteceu no sábado (30). Conforme relatos de moradores, todos viviam a rotina tranquila de um fim de tarde, até que o deslizamento de terra iniciou e muitos sentiram um forte tremor. Quem conseguiu se proteger correu em direção à floresta.
“As pessoas se abrigaram na mata e, pela parte da manhã de hoje [domingo], já foram resgatadas, com ferimentos leves, que estão sendo atendidas”, explicou o subtenente Emerson Silva, responsável pela 2ª Companhia do Corpo de Bombeiros de Manacapuru, cidade da região metropolitana da capital.
Uma base dos Bombeiros foi montada na Comunidade São Lázaro, que fica ao lado do local atingido, para coordenar os atendimentos e resgate.
Ajuda humanitária
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), enviou 150 cestas básicas, neste domingo, em apoio às famílias desabrigadas, que estão alojados em um centro comunitário, montado na comunidade vizinha.
Por meio do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), a Sema fez a entrega das cestas básicas, 100 garrafões de água de 20 litros e 180 frangos, além de 150 kits de higiene pessoal, para apoio às pessoas em situação de risco.
Além da Sema, uma segunda equipe com homens do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Instituto Médico Legal (IML), além de servidores Secretaria Estadual de Assistência Social (Seas), Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), Secretaria de Estado de Saúde (SES) e Fundação de Vigilância Saúde (FVS), está à caminho do município para prestar a assistência.
Fonte: www.g1.globo.com
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