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Superintendente da Companhia de Trânsito de Tucuruí é exonerado após ser preso por atropelar adolescentes

Segundo a Polícia Civil, Cristiano Arrais teria usado ilegalmente uma caminhonete, que estava recolhida no pátio da CTTUC, para fazer campanha eleitoral do filho que concorria ao cargo de conselheiro tutelar. Arrais se envolveu em um acidente que deixou duas pessoas gravemente feridas.

A prefeitura de Tucuruí emitiu um comunicado público, via redes sociais, informando que exonerou o superintendente da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano de Tucuruí (CTTUC), Cristiano Arrais, nesta quarta-feira (6). Arrais foi preso na operação”Óleo de Peroba”, da Polícia Civil, suspeito de bater em moto e deixar duas adolescentes gravemente feridas, sem prestar socorro às vítimas.

Segundo a Polícia Civil, o veículo envolvido no acidente era uma caminhonete, que estava recolhida no pátio da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano de Tucuruí (CTTUC). Arrais teria pegado ilegalmente o automóvel para fazer campanha eleitoral do filho que concorria ao cargo de conselheiro tutelar quando se envolveu no acidente.

Arrais foi preso na Operação Óleo de Peroba, que também prendeu um agente de trânsito que teria mentido para a polícia ao confessar que dirigia a caminhonete envolvida na batida. Segundo as investigações, o agente contou a falsa versão do fato na tentativa de acobertar Arrais. Os policiais também cumpriram quatro mandados de busca e apreensão.

Entenda o caso
Segundo a Polícia, a ação apura crimes supostamente praticados pelos agentes, incluindo um acidente de trânsito que causou lesões corporais graves em duas jovens que transitavam em uma motocicleta no último dia 29 de outubro.

Um dia após o acidente, um agente de trânsito se apresentou à Polícia e disse que seria o condutor do veículo. O agente mentiu para acobertar o diretor superintendente da CTTUC, segundo a Polícia.

As investigações apontam que o veículo que causou o acidente é uma caminhonete branca, que foi apreendida no dia seguinte ao acidente. O veículo, segundo a Polícia, estava escondido na casa de um dos agentes da CTTUC e teve reparos feitos para “encobrir os danos”. A Polícia constatou, ainda, que a caminhonete havia sido apreendida pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e estava recolhida no pátio da CTTUC.

Ainda segundo as investigações, a caminhonete não possuía registro e estava sendo usada desde o dia 28 de setembro, data que coincide com a eleição do Conselho Tutelar do município, quando filho do diretor da CTTUC era um dos candidatos. Um vasto material de campanha para o Conselho Tutelar foi encontrado no gabinete do diretor da CTTUC, segundo a Polícia.

Em nota, a Polícia informou que os crimes sob investigação são lesão corporal culposa, majorada pela omissão de socorro e agravada pelas gravidades das lesões; condução de veículo automotor sem habilitação; peculato; auto acusação falsa; falso testemunho; fraude processual; favorecimento pessoal e real; além de associação criminosa.

Os mandados judiciais foram expedidos pelo Juízo da Vara Criminal de Tucuruí, após o parecer a favor do Ministério Público. A operação teve policiais civis da Superintendência Regional do Lago de Tucuruí, da 15ª Seccional Urbana de Polícia Civil e da Deam.

G1/Pará

Fonte: Debate Carajás



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