— Minha intenção não era essa. Mesmo que minha intenção não fosse essa, mas as pessoas pessoas entenderam outra coisa, quer dizer que não fui claro. É dizer que me equivoquei: se não era a minha intenção, tenho que pedir desculpas e perdão, por esse tweet. Queremos o Vinicius e temos entrado na Justiça, há muito tempo. Nós estamos nisso, queremos defender o Vinicius e seguiremos fazendo isso. Nós gostamos o Vinicius, eu pessoalmente gosto do Vinicius. Se o tweet gerou má interpretação, e seguramente isso aconteceu, porque muita gente interpretou de outra forma, tenho que pedir desculpas. Nada mais.
Essa não foi a primeira vez que Tebas reagiu às críticas de Vinicius Junior após o brasileiro ser vítima de racismo na Espanha. No fim de dezembro, depois que o brasileiro foi chamado de macaco contra o Valladolid, o dirigente falou para o atacante do Real Madrid “se informar melhor”.
— Temos que recordar que numa entrevista coletiva me perguntaram sobre a saída de Messi e quem ficaria na Espanha. Eu disse Vinicius Junior. Todo mundo se surpreendeu, mas para mim o Vinicius é um jogador que vai ser um craque, um Bola de Ouro. Eu disse isso depois também. Ou seja, não estou dizendo isso agora, porque estou sendo entrevistado, ou pelo o que aconteceu em Valência. Acredito que é um jogador que queremos na Espanha, é um ativo do Real Madrid, quero que siga no Real Madrid e na liga espanhola. Me agrada. Não há portanto nenhum conceito de racismo com ele.
Tebas reforçou na entrevista exclusiva ao ge o movimento da LaLiga para ter mais poder de punição no combate ao racismo. Caso isso aconteça, o presidente da liga espanhola prometeu mais sanções como o fechamento de estádios e banimento de torcedores racistas.
— Claro que tomamos medidas. Mas nem sempre elas atendem todas. Por isso estamos pedindo mais competências. Estou convencido de que se tivéssemos mais competências, em um período de meses terminando com esses problemas.
Javier Tebas também admitiu que não se tratam de “casos isolados” de racismo dentro do futebol espanhol.
— Quando dizem isolados, acho que também é um mal entendido. Vamos esclarecer. Todo fim de semana nós colocamos 500 mil pessoas nos estádios. Pode haver dois mil “sem cérebro” que façam algum grito homofóbico ou racista. Em comparação não são tantos. Mas não quero entrar na discussão se são poucos. Para nós dá no mesmo. Denunciamos um, dois, três ou quatro ou 100. Denunciamos e seguiremos denunciando. Sempre temos que estar em guarda contra isso. Nunca, é muito difícil levar o racismo a zero. O importante é acabar com os que há agora e seguir em guarda para que não sobre. Não são casos isolados.